sábado, 11 de março de 2017

Chifre, Sudão, Primavera Árabe.

Vimos na aula de quinta-feira, os últimos conflitos da África. Vamos relembrar agora.

Começando pelo CHIFRE DA ÁFRICA, por que se chama assim mesmo?


Porque parece um chifre de rinoceronte. Esse chifre é formado pelos países Etiópia, Quênia, Djibuti, Eritréia, Somália. Todos eles com um IDH bastante baixo. Ou seja, o chifre da África não é o melhor lugar do mundo para tirar férias.

Por que há tanta pobreza ali?


Essa região sempre foi estratégica geograficamente. Desde a Idade Média, os produtos vindos do Oriente, entravam pelo chifre da África para chegar à Europa. Além disso, depois da segunda guerra, o petróleo do Oriente Médio entrava pela Europa usando o mar vermelho (e passando pelo chifre) ou por terra (também passando pelo chifre). Essa localização excelente despertou a cobiça de duas potências da época:


URSS e EUA (mundo bipolar) disputavam essa região. Como eram dominadas por tribos inimigas, eles passaram a manipular as tribos que viviam ali, fornecendo armas. Isso, é claro, agravou muito a miséria do local.

Não é à toa que hoje o chifre também é conhecido como chifre da fome.


E como já disse em aula, fome é desnutrição severa. Não aquela roncada na barriga que dá às 11h30.

SUDÃO

Bom, vocês viram também nessa aula que o Sudão foi separado né?
Por que mesmo?

Em primeiro lugar, as diferenças entre o Sudão do Norte e o Sudão do Sul. O Norte, predomina o islamismo, e no Sul, o cristianismo e outras religiões africanas. Além disso, o norte é mais desértico e o sul mais verde, com pântanos e matas. 


Como as decisões do Sudão partiam da capital (Cartum) de maioria muçulmana, o Sudão do Sul se desagradava disso e começou a rolar conflitos por conta dessas diferenças. 
Após um referendo (consulta popular) em 2011, foi decidido por 98% da população que o país deveria ser dividido. E foi!


Porém, como vocês podem ver, os dois países agora vão dividir reservas de petróleo (reservas essa que a China hoje explora bastante). O Sudão do Sul ficou com as maiores reservas, contudo, é o Sudão que tem os oleodutos e a saída para o mar. Ou seja, não adianta tu ter petróleo se tu não vai conseguir transportar ele (não dá para carregar petróleo em uma mochila) e se tu não tem saída para o mar para exportar.

Sendo assim, quem acabou se dando muito mal com a divisão foi o Sudão do Sul. Hoje ele vive com a renda do petróleo, mas não é o suficiente para deter a miséria no país.

PRIMAVERA ÁRABE

Então pessoal, chegamos no último conflito. Há mais conflitos na África além do que vimos aqui? MUITOS! Mas se formos estudar todos, vamos todo 2017 estudando a África. Temos que estabelecer prioridades. Além do mais, há outros conflitos que envolvem mais a área de história. 

O que foi a primavera árabe? Foram os países do Norte da África (e oriente médio) derrubando ditadores que estavam no poder há MUITOS anos.  Tudo começou na Tunísia em 2011 (olha, mesmo ano da divisão do Sudão). 


A Tunísia iniciou o movimento da primavera árabe derrubando o ditador Ben Ali que esteve no poder por 35 anos. Foi o primeiro dos líderes árabes a cair e também o primeiro a ser condenado: 35 anos de prisão sob acusação de roubo e posse ilegal de joias e grandes quantias de dinheiro.

A partir da Tunísia, foi a vez do Egito que, após 30 anos, derrubam o ditador Osni Mubarak. Do Egito, é a Líbia que agora mata (de forma violenta) o ditador Muamar Kadafi que estava no poder há 42 anos. 

Depois da África, a primavera árabe incendeia o oriente médio. A guerra da Síria, começou pelo mesmo motivo. A população pedia pela queda do ditador Bashar Al-Assad. Entretanto, ao contrário dos outros, Bashar tem o apoio da Rússia, e é por isso que ele consegue se manter no poder há tanto tempo.

Esse conflito da primavera árabe retorna mais adiante no trimestre. Então por isso não vamos nos aprofundar agora. 

Certo pessoal? Não esqueçam da atividade para a próxima aula junto com o resumo.

Beijo!


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